Quais as chances de se evitar uma tragédia anunciada?  O que se espera do futuro que se constrói nesse presente caótico? De que serve um artista no meio de tudo isso?

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Essas (e algumas outras) questões conduzem-nos no processo de criação que metaforiza o Brasil pandêmico e pandemônico para ALEXANDRIA 8836BR: Uma nave. Uma arca.Uma biblioteca. Um bunker. Uma cápsula do tempo. Uma tentativa de salvar a humanidade, de antemão frustrada, por não conseguir precisar o que “humanidade” significa.

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Os artistas do Grupo P.U.T.O. decidiram escrever cartas para um futuro incerto, e para um passado inevitavelmente presente - e juntos, ainda que distantes, permitiram que essas cartas se desdobrassem em inquietações, experimentos cênicos/ audiovisuais, vídeo-improvisações, leituras e discussões -  reinventando seus procedimentos de construção da cena teatral para essa nova experimentação que vem se mostrando inquietantemente desafiadora, como todo bom processo de criação o é. 

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Seguindo a proposição que vem norteando seus últimos trabalhos, como “Soldado Vermelho Agoniza” e Relatório Popcorn”, o grupo aposta na criação coletiva concorrendo para a construção de uma narrativa ácida, que tenciona revigorar através da ficção, olhares que não podem deixar de duvidar da “realidade”.